domingo, 28 de fevereiro de 2021

Três ações do governo e as funções alocativa, distributiva e estabilizadora superpostas.

     É essencial que o governo interfira na vida de uma sociedade, do contrário, o conflito é inevitável. Essa interferência é feita através das funções alocativa, distributiva e estabilizadora. Estradas, tributos proporcionais à renda e bancos estatais são três ações econômicas feitas pelo governo que superpõem às três funções citadas: alocam recursos de um lugar para outro; distribuem renda e controlam a inflação e o nível de emprego.
     Quando o homem abdica de sua liberdade e a entrega ao Estado e mais restritamente a um governo, esse homem almeja algo em troca, algo que tenha o mesmo valor da sua liberdade. E, os governos não medem esforços em proibir: armas – só pra polícia; uma “drogazinha” pra relaxar. Nem pensar. Todo cidadão é tratado como uma criancinha. Todos obedecem sem que haja um amplo debate. Afinal de contas, o Estado e os governos são um desejo do povo. Então por que nos últimos anos tem eclodido tantos conflitos no Brasil?
     A resposta é simples. As leis têm servido só para o cidadão comum e, para piorar, esse “homenzinho” já começa a perceber o quanto esta nação só funciona com seus esforços. Também já percebeu que o Estado foi criado para interferir mesmo na sociedade, só que, de forma justa e transparente. O que não tem acontecido no Brasil. O homem simples já sabe que uma das funções do governo é não medir esforços na alocação, distribuição e estabilização das riquezas. Essas três funções econômicas no Brasil só acontecem de forma paliativa – como remendos.
     Os conflitos - as greves - existem quando a população percebe que trabalha muito e é protagonista do crescimento do país, contudo, no fim do mês os vencimentos são de antagonistas - não passam de salário mínimo. Do outro lado, uma minoria trabalha pouco – vive de especulação e juros; de futebol; de apresentar programas “bestas” diariamente na TV, e, ganha salários na casa dos “milhões” por mês – andam de helicópteros, não pagam impostos proporcionais e os juros para essa turma quase não existem.
     As ações que poderiam evitar os conflitos e marcar a interferência de um Estado eficiente são simples. Imagine três: a construção de estradas; tributos proporcionais à renda, e bancos estatais em todo o território. Pronto! “zero confusão”. Três gestos e as funções econômicas do Estado postas juntas. Mas, para que a justiça se concretize, é essencial muita transparência.
     É bom detalhar essas ações. Pense na construção de uma estrada asfaltada numa região campesina. Isso é o exemplo clássico de alocação de recursos. Os impostos são pagos, na sua maioria, na região urbana e nesse caso, aplicados numa área rural. Alocam-se as contribuições de um lugar para o outro e todos ganham. Com o asfalto, alimentos escoam para os centros de forma mais rápida e com menos custo. Gera-se emprego no interior e preço baixo na cidade. Todos ganham. No Brasil, as estradas destinadas para o interior servem mais aos políticos e empreiteiras do que ao trabalhador. São caras ao contribuinte e nas primeiras chuvas é buraco na certa.
    Se caso algum governo tomasse a decisão anterior, o próximo passo seria tributar as riquezas de forma proporcional aos vencimentos de cada cidadão. A melhor alternativa é o imposto de renda. Nada justifica uma pessoa ganhar um salário mínimo e quando come pagar metade em impostos ao governo, e outra pessoa ganhar dez vezes mais e pagar os mesmos tributos na comida. Isso é injusto. Tributar comida e remédio é injusto. A função distributiva funcionaria aqui, pegando as riquezas - proporcional ao ganho de cada um - e as investindo, em novo empreendimento, em lugares mais pobres.
     Por último, a função estabilizadora. Nesse caso, o país ideal seria aquele com agências bancárias e estatais espalhadas por todos os “rincões” da nação. O propósito é ter uma resposta rápida nos empréstimos, no controle dos juros. Em épocas de inflação alta – aumento dos juros; em épocas de inflação baixa – baixa nos juros. Sem falar que todos os pagamentos feitos na própria localidade geraria movimentação de dinheiro local, consecutivamente geração de emprego. Em terras “tupiniquins” o que acontece é concentração.

     É com tudo isso que se confirma a necessidade da figura do Estado e principalmente a de um governo forte, justo e transparente capaz de combater a concentração de renda em certas localidades; taxar quando for preciso e incentivar investimentos e circulação da moeda em comunidades mais carentes. Um governo bom resume-se na sua capacidade de alocar, distribuir e estabilizar as riquezas produzidas. Um governo ruim resume-se no seu poder de reprimir, e no tanto de manifestações que acontecem dentro do seu território. Olhando as estradas brasileiras, a arrecadação do imposto de renda e a carência de agências bancárias no interior do Brasil, conclui-se que este governo bom ainda não apareceu por aqui ainda.


REFERÊNCIAS

Coelho, Ricardo Corrêa Ciência política / Ricardo Corrêa Coelho. – 2. ed. reimp.Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.159p. : il.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

Jacobsen, Alessandra de Linhares Teorias da administração II / Alessandra de Linhares Jacobsen, Luís Moretto Neto. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012. 168 p. : il.


Info Escola. Eras Históricas. Disponível em <http://www.infoescola.com/historia/eras-historicas/ > Acesso em 12 julho de 2013.

Sanson, João RogérioTeoria das finanças públicas / João Rogério Sanson. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.
132p. : il.

TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael vanRevista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

2 comentários:

  1. Halo, sou Helena Julio, do Equador, quero falar bem sobre o senhor Benjamin sobre esse assunto. me dá apoio financeiro quando todos os bancos da minha cidade recusaram meu pedido de concessão de um empréstimo de 500.000,00 USD, eu tentei tudo o que pude para obter um empréstimo de meus bancos aqui no Equador, mas todos eles me recusaram porque meu crédito era baixo, mas Com graça de Deus, conheci o Sr. Benjamin, por isso decidi tentar solicitar o empréstimo. com a vontade de Deus, eles me concedem um empréstimo de 500.000,00 USD o pedido de empréstimo que meus bancos aqui no Equador me recusaram, foi realmente incrível fazer negócios com eles e meus negócios estão indo bem agora. E-mail / WhatsApp Entre em contato se desejar aplicar um empréstimo a eles. Lfdsloans@outlook.comWhatsApp Contact: + 1-989-394-3740.

    ResponderExcluir
  2. Agradeço à empresa de empréstimos Elegant por me ajudar a garantir um empréstimo de US $ 1.000.000,00 para estabelecer meu supermercado Foodstuff em diferentes lugares. Há quatro anos que procuro ajuda financeira. Mas agora, estou completamente estressado, livre de toda a ajuda do agente de crédito Sr. Russ Harry. Portanto, aconselho qualquer pessoa que busque fundos para melhorar seu negócio a entrar em contato com esta grande empresa para obter ajuda, e ela é real e testada. Você pode contatá-los por meio de - E-mail --Elegantloanfirm@Hotmail.com- ou Whats-app +393511617486.

    ResponderExcluir

O QUE EU SEI!

QUER SABER? Aqui você encontrará resenhas de livros, resumos, comentários sobre política e COISAS que você não achou em outro lugar.